2007 mal começou e jà temos uma enxurrada de òtimos discos!
Oba!
:)
Alguns discos que, se eu fosse voce, nao deixaria escapar:
- Wincing The Night Away (The Shins)
WTNA é o quarto disco dos Shins, isto é, se considerarmos o primeiro EP - Nature Bears a Vacuum.
James Mercer e amigos, antes, se faziam chamar pelo nome Flake (e depois Flake Music). Apòs um debut-album pouco divulgado e com track-list misterioso, mudaram de nome, para The Shins, e lançaram pelo menos 4 obras excelentes:
- O jà mencionado Nature Bears a Vacuum, de 1999, perfeito, composto por quatro cançoes perfeitas;
- Oh, Inverted World, de 2001, primeiro full-album com o nome Shins, perfeito, vàrias cançoes perfeitas, manteve o ritmo do primeiro EP;
- Chutes Too Narrow, de 2003, album excelente, com algumas cançoes excelentes;
- E esse Wincing The Night Away, de 2007, que é um album acima da média, mas aquém do que eu esperava daqueles Shins que fizeram os primeiros discos.
Mas ei, espera, o disco é muito legal, sim, oras.
Australia é a cançao mais Morrissey que jà ouvi na vida. Acho que até as cançoes do pròprio Morrissey deveriam marcar horàrio com a secretària de Australia, para discutir a respeito (caso quisessem)...
Sleeping Lessons, que é a que abre o disco, começa calminha para depois entrar a bateria e entao conquistar os ouvidos, belissima.
O tìtulo do album e o da referida "liçoes pra dormir" sao uma alusao à insonia de Mercer.
A cançao que mais se aproxima do "velho" Shins, Turn On Me, é sensacional.
Hà também uma cançao-vinheta, Pam Berry, clara homenagem à heroìna do indiepop.
No inìcio da carreira os Shins fizeram uma turne com os autores do album seguinte da minha lista:
- We Were Dead Before the Ship Even Sank (Modest Mouse)
Sempre que presto atençao nos tìtulos das cançoes e dos discos do Modest Mouse, eu me pego viajando. Isaac Brock escreve muito bem - vàrias sacadas, e canta como um ensandecido. Uma das poucas bandas que conseguem soar suave e/ou sofisticada, mesmo com o vocalista gritando ou grunhindo, hehe.
Olha sò a discografia base do MM:
- This Is a Long Drive for Someone with Nothing to Think About (1996);
- The Lonesome Crowded West (1997);
- The Moon & Antarctica (2000);
- Good News for People Who Love Bad News (2004);
- We Were Dead Before the Ship Even Sank (2007).
Na boa, eu sempre achei o MM uma banda meio estranha. Estranha, mas interessante.
Claro, nao é tudo deles que me agrada, mas fui, desde os tempos do Moon & Antarctica (que foi o primeiro disco deles que escutei na época do lançamento), cada vez mais sendo cativado.
A gota d'agua para minha cooptaçao total foi perceber que eles tinham um par de òtimas novidades para esse novo disco. A primeira é a volta do baterista original, Jeremiah Green. E um novo - e ilustre - integrante: Johny Marr. Sim, aquele guitarrista com cabelo estilo canarinho que formou uma banda chamada The Smiths, que depois tocou com o Brian Ferry, com os Pretenders, com os Talking Heads, com o The The, com o Billy Bragg, com o Marion, com o Beck e com o Oasis, que formou com o Bernard Sumner (do New Order) o projeto Electronic, e que lançou um belo disco com seus Healers.
O mais intrigante é que, ao escutar o disco, eu nao encontrei uma cançao sequer que nao tenha a cara Modest Mouse, ou seja, Marr mergulhou no lance mesmo!
Pontos altos do disco:
- March into the Sea;
- We've Got Everything;
- Steam Engenius;
- Education;
- Fly Trapped in a Jar;
- Florida;
- Invisible.
E sabe quem participa fazendo backing vocals em duas ou tres faixas?
Hehe, James Mercer. Sim, aquele do Shins.
:)
- Beyond (Dinosaur Jr)
Dez anos depois, J Mascis decide voltar a gravar um disco do Dinosaur Jr, e dessa vez acompanhado pelos comparsas Low Barlow e Murphy, isto é, a formaçao clàssica!
Em 2005 tive a oportunidade de assistir a um show deles no festival Benicassim, na Espanha. Foi avassalador, fulminante, inesquecìvel.
Com esse album eles demonstram que ainda estao em forma, apesar da idade.
-
Sound Of Silver (LCD Soundsystem)
New York, I Love You, eu odeio voce.
Sério, eita mùsica chata. Pode ter até sido de propòsito, mas de qualquer forma James Murphy pegou pesado.
Ainda bem que a referida musica é a ùnica chata, do disco todo.
:)
Todas as outras faixas sao sensacionais. Escute e comprove!
-
Drums and Guns (Low)
Maior decepçao dentre todos os discos listados aqui neste post...
Confesso, nunca fui um grande fan do Low, mas sempre consegui encontrar algumas cançoes bem legais nos albuns anteriores.
Acontece que aqui a coisa fica feia. Das 13 faixas, gostei de umas 3.
Enfim, vou dar uma terceira chance ao album uma hora dessas...
-
Sky Blue Sky (Wilco)
Outra decepçao.
Calma, esta nao é uma decepçao tao decepcionante quanto à decepçao do Low,
Sky Blue Sky é um bom disco, mas para quem foi acostumado com pérolas como
A Ghost Is Born e
Yankee Hotel Foxtrot (que foram os ùltimos dois discos do Wilco)...
Ainda assim é possìvel encontrar belas cançoes em
SBS, e Jeff Tweedy continua cantando divinamente.
-
The Weirdness (The Stooges)
Esse eu nem escutei ainda.
Aliàs, escutei uma ou duas...
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Pianissimo Fortissimo (Perturbazione)
Desse disco eu escutei sò uma cançao,
Un Anno In Più, mas sò nao escutei as outras pois ainda nao encontrei em lugar algum.
Se ansiedade matasse eu jà estaria morto.
Ah,
Un Anno In Più é linda!
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Pocket Symphony (Air)
Incrìvel como esse duo frances consegue fazer discos novos mantendo o mesmo feeling, a mesma vibe...
Pocket Symphony é aquilo que voce jà conhece de Air, nada mais e nada menos, e é um belo disco.
:)
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Everybody (The Sea and Cake)
Outro belo disco desses "monstros sagrados" (hahaha). Brincadeiras faustosilvìsticas a parte, uma banda formada por Sam Prekop, Archer Prewitt, John McEntire e Eric Claridge nao poderia ser ruim. Seria um sofismo.
Mais uma vez devo admitir que o fato de o disco anterior ter sido excepcional/maravilhoso acabou me cegando um pouco.
Everybody é belissimo, mas ainda nao consigo comparà-lo ao anterior,
One Bedroom, que pra mim é perfeito.
Mas sò de escutar a voz de Prekop, a mais bela voz dos nossos dias, jà sinto que é uma questao de tempo, para que
Everybody me conquiste de vez.
:)
- Neon Bible (Arcade Fire)
Banda em contìnua ascençao, disco bom, muito bom.
Bem, eu tenho quase medo dessa historia de banda cult, com ares messianicos (po, o disco foi gravado dentro de uma igreja... o anterior tinha o singelo nome de Funeral, isso sem falar em bìblia de neon...), mas por enquanto estou me deliciando.
- Myth Takes (!!!)
Ainda acho que nao sei como se pronuncia o nome dessa banda.
Foi uma descoberta e tanto, quando, perambulando entre os palcos e tendas do Benicassim, me deparei com esses malucos ensandecidos. O show a que assisti foi memoràvel.
Engraçado, eu nem tinha gostado muito do que a banda tinha gravado até entao, mas depois daquele show acabei arrumando o màximo deles.
E este Myth Takes (olha sò, se pronunciamos ràpido, vira mistakes (erros), hehe) me pegou em cheio. Mùsica pra dançar.
-
New Magnetic Wonder (The Apples In Stereo)
Robert Schneider e companhia levaram 5 anos para gravar o sucessor do òtimo
Velocity of Sound.
NMW é um disco de rock. Claro, rock nos termos Elephant 6. Ou seja, pop até a medula e psicodelia aqui e acolà. Tem todo aquele clima do comecinho dos 70's.
Sao 14 cançoes e 12 vinhetas.
Schneider parece ter inventado um novo tipo de escala musical e, quer seja brincadeira ou coisa séria, o album carrega nesse lance conceitual, e mesmo assim nao deixa de ser leve.
New Magnetic Wonder é o melhor album dos Apples In Stereo em muito tempo!
-
Reformation Post TLC (The Fall)
The Fall é aquilo que o saudoso John Peel disse: sempre a mesma coisa, e sempre diferente.
O album anterior (
Fall Heads Roll) é melhor que este
RPTLC, mas isso nao quer dizer muita coisa, no fim.
Aliàs, na parte lateral direita superior desta pàgina, nos links, voce pode encontrar alguns dos discos aqui listados...
;)