sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Bonde da Grecia e da Turquia



E as férias do autor foram inesquecìveis.

12 dias de férias podem mesmo fazer muito bem.

5.959 km.
Italia, Eslovenia, Croacia, Hungria, Romenia, Bulgaria, Turquia, Grecia e Italia.



Vàrias històrias.
Enfim pisou no continente asiàtico (mesmo que tenha sido na pontinha dele).
Na Transilvania meridional/sudoeste da Romenia estradas do tipo Transamazonica (o pior dia para dirigir).
Tomou multa por excesso de velocidade na Grecia (ficou nervoso e com medo) e o guarda foi camarada (colocando uma velocidade menor para pagar menos).
Atravessaram o Danubio de balsa entre Romenia e Bulgaria à meia noite no meio do nada (era a fronteira mais "faroeste" que ele jà viu), e debaixo de chuva.
O alfabeto na Bulgaria amedronta, po.
As mesquitas turcas (e toda a cultura e modos dos turcos).
Os muitos e muitos sìtios arqueologicos da Grecia.
Os sìtios arqueologicos (e o modo engraçadissimo da gente) do sul da Italia.
O navio entre Grecia e Italia.

E muito mais.

s/t: muita coisa, hehe

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Corsa

Nossa, faz um mes que nao posto nada por aqui...
Pois é, estou numa correria tremenda, por aqui...

Aliàs, "estou numa correria" em italiano pode ser dito sono di corsa, e Corsa é o nome do carro que a Isabel sempre quis ter.
Quando ainda estavam em começo de namoro ela sempre dizia que queria ter um. Jà Cesar sempre dizia que nao importava qual seria a marca, bastava funcionar. Ele inclusive chegava a dizer que preferiria que fosse um carro tipo Fiat "caixinha de fòsforo" (147).
Enfim...

O citroen AX 1.0 1995 (carinhosamente chamado "verdinho") que os acompanhou em muitas viagens (comportando-se bravamente) foi vendido.
Compraram um Corsa Opel 1.2 2006, cinza.

E agora Cesar està para pegar uns dez dias de férias.

E eles vao pegar a estrada.
De novo.
Yeah.

s/t: Zanin, Lo Borges, Nick Drake, Bob Dylan, Yo La Tengo, Artemoltobuffa, My Bloody Valentine, Velvet Underground, Jose Gonzalez, Loop, Nico, Lemonheads, Fall, Legiao Urbana, Stereolab, Los Hermanos, Arcade Fire, TV on The Radio, Sea and Cake, Dinosaur Jr, Teenage Fanclub, Verdena, Wilco, Smiths

domingo, 9 de setembro de 2007

Io non sono qui (por essa eu nao esperava)

Sexta passada (hoje mais conhecida como anteontem) o autor chegou em casa do trabalho cedo (às 14:30) e junto com sua amada (que teve o dia todo de folga) teve a idéia de levar o filho para passear, para aproveitar o fim das longas férias escolares (o ultimo ano letivo acabou em junho; o proximo ano letivo começa segunda 10/09/07, hoje conhecida como amanha).

As opçoes disponiveis eram tres:
1. Ir até a loja de animais de estimaçao (em San Biagio di Callalta, uns 15 km de casa) e comprar a quarta (!) companheira para o Brasileiro (o periquito australiano do Lauro);
2. Ir até Silea (uns 10 km de casa), no complexo Cinecity, para enfim assistir o ultimo Harry Potter;
3. Ir até a praia (provavelmente na cidade de Jesolo, em Veneza, uns 45 km de casa).

Lauro queria mesmo era as tres opçoes, mas o friozinho que começa e o carro que agora deu para encrencar (radiador com problemas) acabaram invibializando a opçao 3, e as opçoes 1 e 2 nao eram compatìveis, isto é, tinham tempo suficiente para somente uma. E como o Harry Potter està para sair de cartaz... Acabou decidindo assistir o Harry Potter.



No caminho para Silea o autor pediu para Isabel pegar o guia e percebeu que San Biagio nao era tao longe de Silea, e num ìmpeto decidiu tentar fazer as duas primeiras opçoes no mesmo dia.
Depois da aprovaçao incondicional de Lauro e da aprovaçao emburrada de Isabel, pisou no acelerador e acabaram comprando a periquita.
Mas chegaram na loja (petshop) meio tarde e o autor teve que correr mais ainda para chegar no cinema sem perder muito do filme...
Chegando no cinema qual nao foi a surpresa ao ver que naquele dia nao haveria sessao de Harry Potter...
Desanimados, mais o Lauro do que os outros, foram ao banheiro e depois ficaram passeando um pouco pelo local (que mais parece um enorme shopping center - como aqueles de Sao Paulo...). Isabel comprou pipoca e o autor começou a ler, no folheto informativo que a atendente deu, a sinopse dos outros filmes em cartaz.

Foi quando se interessou por um tal dum filme chamado Io non sono qui (I'm Not There), sobre a vida e a obra de Bob Dylan.
Ignorante cinematografico que é, o autor nem sabia da existencia daquele filme, mas para nao perder a viagem acabou propondo à familia...
A familia aceitou.



E assistiram a um filme maravilhoso.



Trata-se de um filme a la Fellini, sem muito rigor historico/cronologico/factual, e com muita fantasia. Muita cor, muitos angulos. Para quem jà conhece Bob Dylan é possivel pescar vàrios lances e sacadas.
A trilha sonora é sensacional, linda, genial.
O filme conta alguns episodios da vida, da carreira e da obra de Dylan.
Sao 6 protagonistas.
Seis atores diferentes (entre eles uma mulher, um garoto negro e o romantico-mela-cueca Richard Gere) interpretando 6 vezes Bob Dylan.
E o autor, que nunca foi tao chegado a Dylan, chegou em casa e foi direto pro Google e pro Soulseek...

E descobriu muita coisa interessante.

Primeiro que o filme conta com uma trilha sonora imperdìvel, gigantesca. Participaçoes mais que especiais e uma super-banda formada por membros de bandas alternativas importantes.
Saca sò alguns nomes envolvidos:
Sonic Youth, Calexico, Yo La Tengo, Television, Pearl Jam, Pavement, Wilco, Sufjan Stevens, Cat Power, entre muitos outros, além do proprio Bob Dylan, claro.



Tem mais, 7 de setembro (que foi quando por acaso assistiram ao filme) foi a estreia mundial.
Somente na Italia.
Nos EUA e no Canada estarà em cartaz somente no fim de novembro!
Nos outros paises entao, somente a partir de dezembro!
A primeira exibiçao em absoluto foi no festival internacional de cinema de Veneza (està inclusive concorrendo!), no dia 4 de setembro. Depois houve uma outra exibiçao num festival no Canada, e basta.
Ou seja, totalmente sem querer, eles foram umas das primeiras pessoas a assistirem ao filme!



O autor nunca gostou tanto de Harry Potter, hehe.
E agora dà-lhe Bob Dylan no PC, no carro e no MP3 player...
Ah, o nome da periquita é Nico.

s/t: Bob Dylan (principalmente Basement Tapes), Smiths, Lemonheads, Artemoltobuffa, Nick Drake, VU, Loop, Morrissey (os primeiros), e, claro, The Fall

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Artemoltobuffa

Ter vontade de chorar - e por algo que nao seja necessariamente tristeza - ao escutar uma cançao, é algo "boiola"?
Explico:
1. Boiola no sentido piegas/cafona, nada a ver com predisposiçao sexual;
2. O "algo" em questao nao é necessariamente tristeza, mas pode até ser. Ou entao pode ser melancolia, ou inspiraçao/iluminaçao, ansia/ansiedade, contemplaçao, nostalgia, ou um pouco de cada um, em combinaçao, ou ainda algo a mais. Mas sempre nesse(s) sentido(s)...

Artemoltobuffa (em portugues Artemuitoengraçada (engraçada no sentido de 'ridìcula')), escrito assim tudo junto, é um projeto musical formado em Mestre (distrito de Veneza) entre 2001 e 2002 por Alberto Mufatto (reparou o anagrama?).



Alberto Muffato é um compositor.
Um compositor que sabe compor somente daquele modo, dele. As letras das cançoes que ele compoe sao literatura, poesia. Sim, sério.
Alberto é um cantor.
Um cantor que canta as cançoes que escreve, sempre daquele modo, dele. Com voz tìmida, tremula, delicada, quase desafinada, e linda.
Muffato é também um musicista, toca guitarra e às vezes teclado.
Um musicista que toca de modo calmo, introspectivo. Até mesmo quando produz microfonia e usa a distorçao.
Canta e toca de um modo que me faz invariavelmente vir em mente Nick Drake. Mas a obra do Artemoltobuffa vai além, pois conta com estruturas e formas que remetem também a Yo La Tengo, Sparklehorse, Red House Painters, Belle and Sebastian, e claro, todo o universo da musica popular e independente italianas (principalmente Perturbazione, Tiromancino, Gino Paoli, Luigi Tenco, Franco Battiato, Nicolò Fabi, Samuele Bersani).

Artemoltobuffa passou de projeto individual a coletivo no decorrer dos anos.
Sao 3 lançamentos oficiais.
Nel Bambù, demo de 2002, contendo 12 cançoes (a maioria das quais viria a ser aproveitada/regravada mais tarde). Nel Bambù foi inteiramente realizado por Muffato, que compos, tocou e gravou tudo, em casa. Totalmente independente.
Em 2004 foi lançado o primeiro disco, Stanotte/stamattina, contendo 11 cançoes. A essa altura o coletivo jà contava com a participaçao efetiva de Massimiliano Bredariol e Emiliano Pasquazzo. O disco foi lançado pelo selo italiano Aiuola Discos.
L'Aria Misteriosa, ùltimo lançamento do Artemoltobuffa (até o presente momento), é de maio ou junho de 2007. Foi produzido por Fabio de Min (lìder da banda bellunese Non Voglio Che Clara). Conta com 10 cançoes. Lançamento Aiuola Discos.



Estou para escrever sobre o Artemoltobuffa jà faz tempo, mas sempre faltava tempo (aliàs ainda falta).
Quem jà se emocionou com filmes como Nuovo cinema Paradiso ou Sociedade dos Poetas Mortos ou Central do Brasil ou La Meglio Gioventù ou Pretty in Pink ou About a Boy provavelmente poderà antecipar o que eu em vao tento descrever aqui, isto é, o que sinto ao escutar esse veneziano e seus companheiros.
Eu ainda nao pude ver um show do Artemoltobuffa. Nao vejo a hora de assistir. Perdi uma oportunidade e tanto: Eles tocaram no Airport festival de Veneza e eu acabei nao indo por algum motivo trivial (tipo ter que trabalhar no dia seguinte às 5:30 da manha). E olha que dias antes do show do Artemoltobuffa eu fui ver o Bluetones, nesse mesmo festival...
Mas eu ainda vou ver um show de Muffato e cia, po.

Sabe, hà algo que me deixa orgulhoso também, nao é sò o sentimento descrito no inìcio do post.
Alberto é veneto, ou seja, nasceu no Veneto (regiao do nordeste italiano). E, apesar disso, sua obra é bela e profunda a ponto de fazer o ouvinte pensar que nao seja veneto, que nao seja de nenhum lugar em especìfico. Ou melhor, chega mesmo a me fazer pensar que até mesmo no contraditòrio/retrogrado/arrogante/desconfiado/xenòfobo Veneto existe gente capaz de pensar e sentir como Muffato.
E, pra dizer até mesmo o que mais me envergonha, eu me orgulho porque ao escutar as cançoes eu fantasio meus antepassados que aqui nasceram (visualizo as paisagens de provincia daqui, com poesia) e consigo sentir que faço parte de ao menos uma ìnfima parte deste paìs e principalmente de um Veneto que quero continuar acreditando possìvel.
Sim, eu sei que é ridìculo, mas vai ver é isso (ser "ridìculo") que Muffato também quis descrever ao nomear seu projeto.

Se un giorno é a melhor cançao e mais bonita de todos os tempos.

Serviço:
Site oficial - em italiano (http://www.artemoltobuffa.com)
Pagina no MySpace (http://www.myspace.com/artemoltobuffa)
Fotolog do Muffato (http://www.fotolog.com/artemoltobuffa)
Letras das musicas (http://www.lyricsmania.com/lyrics/artemoltobuffa_lyrics_4908/)
Site do selo que lança Artemoltobuffa (http://www.aiuola.it/)
Pagina dedicada ao Artemoltobuffa no portal Rockit com entrevistas, resenhas e muito mais - em italiano (http://www.rockit.it/artemoltobuffa)

domingo, 5 de agosto de 2007

Como descobrir o local de origem do antepassado italiano (parte 2)

No post da primeira parte eu esqueci de mencionar algo essencial:
A pessoa interessada em descobrir o local de origem do antepassado italiano mais pròximo deverà saber falar italiano. Caso ela nao saiba, terà de aprender.
Ou melhor dizendo, caso ela queira resultados mais precisos e/ou mais ràpidos - e gastando muito menos ($...), ela deverà saber italiano.

Bem, continuando:

Para descobrir o local de origem do antepassado italiano mais pròximo, a pessoa interessada deverà escrever uma solicitaçao (redigida em italiano) para o Ufficio dello Stato Civile (no Brasil UdSC seria o equivalente ao cartòrio de registro civil), que é uma repartiçao do Comune (no Brasil comune seria o equivalente à prefeitura), requerendo a certidao de nascimento do antepassado (em italiano certificato di nascita).
Mas é claro que antes disso é necessàrio saber para qual comune enviar o requerimento.

Se a tàtica das conversas com os parentes mais velhos nao der resultados positivos, o interessado deverà tentar descobrir sozinho.

Como?
Existem pelo menos duas maneiras para tal.

A primeira é pesquisar os documentos brasileiros da famìlia.
Dois documentos essenciais sao:
1. A certidao de òbito do antepassado italiano (e/ou de casamento, ou na pior das hipòteses batismo do filho mais velho), com emissao efetuada no Brasil;
2. A certidao de desembarque do nucleo familiar do antepassado italiano (emitida pelos orgaos do governo estadual - em SP pelo Memorial do Imigrante).
Nesses documentos geralmente consta algum tipo de informaçao relacionada à origem. Claro que existe a possibilidade do interessado ser azarado pacas e encontrar nesses documentos algo como "Italia" e nada mais especìfico, mas a esperança é a ùltima que morre e quem nao chora nao mama.

A segunda maneira é descobrir a regiao italiana com maior incidencia do sobrenome desse seu antepassado.
Na internet mesmo jà é possìvel isso. No site da lista telefonica italiana ou em sites de organizaçoes dedicadas à pesquisa genealogica.

Existe ainda a possibilidade de se fazer a pesquisa dos microfilmes dos documentos de registro civil (da Italia e do Brasil) numa das trocentas filiais da igreja dos Mormons. Eles detém o maior acervo do mundo. Anos e anos de microfilmagem dos documentos originais realizada pelos membros da igreja ao redor do mundo. Tudo catalogado na sede (nos EUA) e disponibilizado para membros e nao membros.

Depois de descobrir a regiao basta redigir a solicitaçao e enviar para os comunes.

Existem pelo menos outras duas instituiçoes italianas que podem fornecer documentos com dados relativos à origem do antepassado:
1. A igreja catòlica (pois até 1871 era a igreja que detinha o controle do registro civil);
2. Os Arquivos do estado (em italiano archivio di stato).
No 1. voce deverà requerer a certidao de batismo ou casamento.
No 2. voce deverà requerer uma pesquisa nas chamadas listas do serviço militar (em italiano lista di leva).
Existe inclusive uma vantagem a mais em se escrever para o archivio di stato, pois os arquivos sao dirigidos pelas provincias, ou seja, conservam documentos de todos os comunes da provincia.

Outro detalhe a ser levado em consideraçao (para a pesquisa):
Muitos dos sobrenomes dos italianos que vinham para o Brasil eram modificados na chegada (ou mesmo posteriormente), pelos mais variados motivos (principalmente pela falta de habilidade dos funcionarios dos cartorios brasileiros com a lingua italiana, ou por questoes polìticas).
Ou seja, verifique se o seu sobrenome ainda é grafado do mesmo modo que é grafado na Italia.

Obviamente tudo isso que eu escrevi nao acontece assim de repente.
Tudo leva tempo e no fim voce deverà contar com a sorte. Vai acabar gastando um pouco ($... Mas com certeza muito menos do que gastaria se contratasse alguém para fazer a pesquisa por voce...) e vai acabar tendo que ler bastante. E principalmente ter muita paciencia e força de vontade, determinaçao.

Mas vale a pena.
Pelo menos no meu caso valeu, e muito.

Como descobrir o local de origem do antepassado italiano (parte 1)

O primeiro passo é perceber em si mesmo uma essencia italiana.
Muitas vezes isso começa com o sobrenome, que nao parece muito brasileiro... Mas às vezes pode ser também pela aparencia fìsica ou pelos costumes, pelo jeitao da famìlia etc.
Entao vem a curiosidade, e o assunto surge (entre amigos ou principalmente em famìlia), e enfim aparece a constataçao da descendencia italiana.

"Opa, sou descendente de italiano(s)."
Tudo bem. Mas...
E daì?

Hà quem se orgulhe de ser descendente de italiano(s) e hà quem nao se orgulha disso.
Hà quem se interessa mais e começa a fuçar e hà quem nao liga a mìnima.

Quem se interessa mais e começa a fuçar, descobre que por ser descendente de italiano(s), tem o direito à cidadania italiana. E aì hà uma nova subdivisao: entre os que começam a pesquisar para ter o reconhecimento da cidadania italiana e os que nao se preocupam em ter a cidadania italiana.

Dentre esses que começam a pesquisar hà outra bifurcaçao: entre os que (quando tiverem a cidadania italiana reconhecida) vao querer se beneficiar dela para sair do Brasil e os que querem a cidadania somente por orgulho pròprio. Dentre os que querem se beneficiar para sair do Brasil hà quem quer viver na Itàlia (para vivenciar a propria origem familiar, descobrir o que é ser italiano) e quem quer usar o passaporte italiano para conseguir entrar em outros paìses sem problemas (afinal a Italia faz parte da Uniao Europeia).

A motivaçao de cada um nao vem ao caso aqui.

Este post é para passar algumas dicas para quem està descobrindo que é descendente de italianos. Para aqueles que ainda nao sabem como fazer para identificar o local exato de origem do antepassado (ou ainda para aqueles que nem sabem ainda quem é o antepassado).

Pois entao, vamos là:

O primeiro passo, para descobrir a origem do antepassado italiano mais pròximo, quando sabemos que somos descendentes de italiano(s) mas ainda nao temos outros detalhes, é conversar com os familiares/parentes mais velhos. A começar pelos pais e principalmente avos. Seria òtimo encontrar aquele tio/aquela tia, que é dos mais idosos da famìlia, sabe? Daqueles que guardam os documentos mais antigos da famìlia etc.
Dependendo da famìlia, sò isso jà basta para descobrir o local de origem.
Na maioria dos casos, porém, o màximo que conseguimos com essas conversas é o nome de um lugar (como aliàs aconteceu comigo). Tipo, "ah, o seu bisavo? Ele veio de Padoa".
A grande maioria dos italianos que emigraram ao Brasil era composta de semi-analfabetos, pessoas simples, do campo. E no momento de registro, na chegada ao Brasil, forneciam (como local de origem) o nome que lhes parecia mais evidente, mais conhecido, isto é, o nome da provincia. Eles nao costumavam fornecer o nome do vilarejo propriamente dito (vilarejos esses que naturalmente se desenvolveram e se tornaram as atuais cidades italianas).
Acontece que a divisao administrativa italiana nao é como a brasileira, e assim sendo a confusao começa.
Quase todas as provincias italianas tem o mesmo nome da cidade que lhes serve de capital.
E todo o serviço de registro civil (ou seja, a identificaçao das pessoas), é feito localmente pelas cidades, e nao pela provincia.

Se a pessoa que escutou daquela tia idosa que o antepassado veio de "Padoa" for pesquisar, vai descobrir que "Padoa" quer dizer Padova, e que Padova é o nome de uma provincia e também de uma cidade (a capital da provincia).
Outra coisa, quando o emigrante italiano chegava ao Brasil, ele pensava que falava a lingua italiana, mas na verdade falava o dialeto local (por isso que a tal tia idosa disse "Padoa" e nao Padova; ela mesma escutou dos pais dela "Padoa" ao invés de Padova...). E essa é uma longa història (talvez para um outro post).
Entao, a pessoa interessada deve pesquisar se o antepassado veio de Padova cidade ou de uma outra cidade da provincia de Padova...
E cada provincia italiana contém umas cem cidades, mais ou menos...

domingo, 29 de julho de 2007

Foto feita com o celular no parque, escrevendo o sucessor de 360 Graus

Sim, minha orelha està ardendo, de novo.

O autor começou a escrever o sucessor do 360 Graus.

Eu sei, eu também pensei algo do tipo "mas se nem o 360 Graus foi lançado, por que escrever mais?", mas ele simplesmente acha que nao consegue evitar (o ato de escrever).

O primeiro capìtulo jà està pronto.

Sò falta arrumar algumas horas livres por dia para desenvolver e digitar o restante.
E isso sim é que serà muito difìcil...



A foto foi feita no parque da Villa Margherita, em Villorba/Treviso.
O autor e o filho foram passear no parque, e o notebook acabou indo junto.
Entre um passeio e outro o autor sentava e digitava um pouco. Lauro pegou o celular do pai, entre um brinquedo e outro (dos playgrounds), e fez algumas fotos. Aliàs o pai também fez algumas fotos.

sábado, 7 de julho de 2007

Viagens e sons - parte 2

Depois dos mais de 30 shows em Barcelona entre fim de maio e começo de junho (sim, um dia ele toma coragem e arruma tempo para escrever sobre eles), agora no mes de julho uma nova saga se anuncia.

A principal diferença é que em Barcelona os shows foram no mesmo lugar, afinal era um festival.
Agora se trata de um monte de shows em lugares diferentes, cidades diferentes, regioes diferentes.
Tudo na Italia.



Deu seus pulos e conseguiu acertar no trabalho os horarios para todo o mes de julho, de modo que seja possìvel viajar e assistir aos shows sem perder nem mesmo um dia de trabalho, yeah.

A maratona começou em 10 de junho com o evento/festival organizado pelo Perturbazione (foto 1); e depois em 30 de junho, com os shows do Verdena e do Giardini di Mirò em Ferrara.

Saca sò:

08/07 - Lou Reed (performing the album Berlin) na cidade de Arezzo (o show està sendo produzido pela mesma pessoa que produziu o disco; entre banda, arcos e coral, sao mais de 30 pessoas no palco!);
10/07 - The Bellrays em Ravenna;
11/07 - Arcade Fire em Ferrara (ùnica data italiana);
12/07 - LCD SoundSystem e Daft Punk em Torino (no festival Traffic - GRATUITO);
14/07 - Fuzztones em Verona;
17/07 - Bright Eyes e JayMay em Ferrara (no festival Sotto le Stelle - GRATUITO);
18/07 - Clap Your Hands Say Yeah, Scissor Sisters, Tunng, Spleen, !!! e Shitdisco em Firenze (no festival Italia Wave);
21/07 - Bjork em Udine (po, esse eu nem sei se ele vai conseguir - o ingresso custa 50 paus!!!!!!);
22/07 - ele tem que escolher entre os dois seguintes:
Au Revoir Simone em Ravenna
ou
Mutantes em Milano;
25/07 - a mesma coisa, escolher entre:
Xiu Xiu em Ferrara (GRATIS)
ou
Animal Collective em Marcon (num festival com outras bandas locais, perto de Veneza, sò 5 mangos);
26/07 - Tre Allegri Ragazzi Morti e Teatro degli Orrori em Marcon (no mesmo festival do ìtem anterior);
28/07 - I'm from Barcelona em Ravenna;
30/07 - Bluetones em Veneza.




Pior é saber que para fazer a lista acima ele teve que renunciar a vàrios outros shows (seja por tempo, seja por grana...).


s/t: caixa da Motown, Bugo, Mutantes, Battles, coletanea das Peel Sessions de bandas de Manchester, In Utero do Nirvana, solitario bit, Fall

sexta-feira, 22 de junho de 2007

O reconhecimento da cidadania diretamente na Italia voltou a ser viàvel! E agora mais ràpido!!

Isso mesmo.
A notìcia (para nao dizer o milagre!) que muitos descendentes de italiano(s) interessados em obter o reconhecimento da cidadania diretamente na Italia esperavam com expectativa enfim se tornou realidade!
Na Gazeta Oficial italiana numero 126, do dia 01/06/2007, foi publicada a lei numero 68, de 28/05/2007, que regulamenta a estadia e permanencia de estrangeiros na Italia por motivo de negocios, turismo e estudo.
Em 13/06/2007, sob prot. n.200706371/15100-14865, o Ministério do Interior emanou a circular numero 32, que permite a inscriçao anagrafica do descendente de italiano(s) interessado no reconhecimento da cidadania, mesmo sem o permesso di soggiorno.
Em miùdos, aconteceu o que foi previsto aqui num dos posts anteriores por este que vos escreve: o reconhecimento da cidadania direto na Italia novamente é uma òtima alternativa para quem jà tem todos os documentos em ordem (e uma grana para aguentar os primeiros tempos)! E com essa ùltima circular o processo todo ficou ainda mais simples, isto é ràpido!
Para quem chegar na Italia depois de primeiro de junho (ou, dependendo, depois de 14/06/07), basta apresentar a tal declaraçao para a autoridade de fronteira (por ex. no aeroporto). Para quem chegou antes de junho basta apresentar o protocolo dos correios (do requerimento do permesso di soggiorno).
E pronto. A inscriçao anagrafica é realizada (apòs a vistoria dos vigili (policia municipal)) e depois disso é sò apresentar a istanza (requerimento) para o reconhecimento da cidadania no stato civile (cartòrio de registro civil do comune).
Dependendo da boa vontade do comune o processo todo pode ficar pronto em meros 2 meses (ou até menos!)!
C*H*E**F*I*G*A*T*A*!!!!!!
:-)

s/t: radio de indicaçoes do last.fm

domingo, 10 de junho de 2007

Viagens e sons



Putz.

O autor està de emprego novo. Entre 9 e 10 horas diàrias.
Ou seja, tempo livre virou luxo, miragem.

Antes disso, porém, houve algumas viagens da hora.

A ùltima foi a de barcelona, onde assistiram (o autor e sua amada) o festival Primavera Sound ("filial" espanhola do All Tomorrow Parties).
Esse da foto era o segundo palco (de um total de 7 ou 8). O local onde foi realizado o festival é enorme, chama-se Forum, e desde a sua construçao vem sendo usado para os maiores eventos de Barcelona. Aquela àgua alì atràs, na foto, é o Mediterraneo, coisa linda.

Alguns nùmeros:
- 3 dias de festival (de um total de 5 ou 6, se contarmos as festas pré e pòs);
- entre 7 e 11 horas por dia;
- pelo menos 32 bandas 'assistidas' (de um total de 119!);
- 310 fotos e alguns clips (fotos sem flash e clips com o audio horrivel (culpa da maquina fotografica desgraçada));
- entre 3 e 4 copoes de cerveja, 2 ou 3 garrafinhas de agua, um cachorro quente apimentado sem maionese e um kebab por noite.

Eu gostaria muito de saber quantos kms eles percorreram durante esses dias, de um palco para outro...

Agora o autor tem que arrumar tempo para responder aos amigos do blog e para escrever, escrever muito...
Pois hà muito para se escrever... Sò o festival jà vai servir de combustìvel para muitas linhas...

Sem contar que ele jà avisou que vai tentar ir a outros shows nesse verao, mesmo de emprego novo... Claro, sonhar ainda é de graça, hehe.

ps. Ah, a banda que estava tocando, que aparece de fundo na foto, é o Portastatic (show foda de bom, a propòsito).



s/t: The Fall, Wilco, Legiao Urbana, Fellini, Lo Borges, José Gonzalez, Bugo, Perturbazione, Mutantes, Joao Gilberto, Fotograma, FireFriend, Mundo Livre, Nirvana, Henry's Dress, I'm from Barcelona, Sea and Cake, Apples in Stereo, Solitario Bit, Verdena, Badly Drawn Boy, Rage Against the Machine
.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Espera nos consulados X diretamente na Italia

Como jà acenado aqui, o descendente de italiano(s) interessado em obter o reconhecimento de sua cidadania italiana, depois de ter juntado toda a documentaçao necessària, deve iniciar o processo (apresentando o requerimento) na representaçao do governo da Italia competente pela regiao de residencia do interessado, isto é, no consulado (se morar fora da Italia) ou no comune (se morar na Italia).

Conforme publicado na revista ORIUNDI nº 74 (pág. 10, outubro 2006), o nùmero de processos para o reconhecimento da cidadania italiana no consulado de Sao Paulo é de quase 47 mil. Se levarmos em conta a média de processos finalizados por mes divulgada pelo pròprio consulado, chegamos à média de aproximadamente 55 anos de espera para a cidadania!
De acordo com um outro càlculo muito mais otimista (ou menos pessimista...) o tempo de espera para a cidadania no consulado de SP seria de no mìnimo 14 anos.

A problemática toda, em relação ao tempo de espera imposto pelos consulados, gira em torno do seguinte "teorema":
1. A lei italiana prevê o reconhecimento da cidadania italiana para os descendentes de italianos (não importando o local de nascimento), isso desde muito tempo (posso resumir dizendo que desde a formação da Itália);
2. Houve a chamada "Grande Emigração", movimento migratório ocorrido entre 1870 e 1920 (mais ou menos) marcado pelo deslocamento de milhões de italianos em direção aos chamados "países jovens" - Brasil, Argentina, EUA etc (posso resumir dizendo que na época a Itália era um paìs subdesenvolvido em relação à França, Inglaterra etc (o fato de milhões preferirem deixar tudo para trás em busca de uma vida melhor em outro paìs demonstra bem a situação); os governos dos chamados "países jovens" incentivavam a vinda desses italianos todos porque naquele momento històrico aquilo era interessante, e, por incrível que possa parecer, o pròprio governo italiano colaborou para que esses milhões fossem embora...);
3. Agora, muitos dos descendentes de todos esses italianos estão procurando os consulados em busca da cidadania italiana;
4. Os consulados acabam aceitando os milhares e milhares de pedidos (afinal são obrigados a aceitar, por lei), mas os processos são feitos de uma forma extremamente burocrática e lenta, muito lenta mesmo. O que causa essa espera absurda, de anos e anos...
Os consulados alegam que é impossível atender, que o número de funcionários é insuficiente;
5. O governo italiano, por sua vez, não contrata mais funcionários para os consulados e nem muda a lei.
Resultado: confusão.

Até dezembro de 2006 (que foi quando o governo italiano colocou em pràtica o novo procedimento para emissao da permissao de estadia em territòrio italiano para estrangeiros (permesso di soggiorno)) o permesso era requerido e emitido somente na questura (delegacia). Apesar das filas gigantescas e do tratamento/atendimento pouco cordial, o descendente de italiano(s) residente (por exemplo) no Brasil tinha a possibilidade de requerer a cidadania diretamente na Italia, utilizando-se da circular do ministério do interior (Ministero dell'Interno) n. 28, de 2002, com resultado positivo e tempos de espera muito menores do que os dos consulados.

Acontece que desde que os processos pelo permesso di soggiorno deixaram de ser iniciados diretamente nas delegacias (ou seja, desde janeiro de 2007), com a inclusao de mais intermediàrios, o tempo de espera para se obter o permesso di soggiorno tende a ficar muito mais longo, implicando assim num maior tempo de espera para a residencia e por consequencia mais tempo de espera para a cidadania...

Agora o processo pelo permesso di soggiorno é todo feito por via postal.
Com isso ocorreram principalmente tres mudanças:
a) Ficou menos estressante e mais acessivel (antes as filas e o atendimento na questura eram realmente infernais);
b) Ficou mais caro fazer o permesso (apesar de agora ele ser mais pratico/bonito (é um cartao magnetico), bem melhor do que as velhas folhas de papel);
c) Ficou mais demorado, pois todo o processo e todas as etapas sao feitas com envios pelo correio (e o correio italiano é lerdo, muito lerdo).

Ou seja, para o descendente que quer a cidadania italiana rapidamente, o recurso de tentar a sorte diretamente na Italia, para conseguir a cidadania sem ter que esperar anos e mais anos nos consulados, ficou mais difìcil, e muito mais custoso (afinal se a pessoa vier do Brasil (com reais...) e tiver que esperar por muito tempo a regularizaçao toda morando na Italia (gastando em euro, e sem poder trabalhar legalmente))...

A advogada Emmanuela Bertucci, responsàvel pela ADUC (associazione per i diritti degli utenti e consumatori), redigiu uma interpelaçao (ato de direito formal com o qual um parlamentar pode questionar o governo). A deputada Donatella Poretti, do partido de esquerda Rosa nel Pugno, depositou a referida interpelaçao formalmente no ministério do interior em 24/04/2007 (isto é, antes de ontem) para a apreciaçao direta do ministro Giuliano Amato.
A interpelaçao solicita a emissao de uma ulterior circular em apoio aos descendentes de italiano(s) que se dirigem à Italia para o reconhecimento da cidadania italiana.
Caso o ministério decida mesmo publicar uma circular beneficiando de alguma forma os descendentes, o tempo de espera para a cidadania italiana diretamente na Italia poderia até mesmo diminuir.
Para ilustrar:
Entre 2002 e 2006 o tempo de espera pela cidadania diretamente na Italia era de entre 2 e 6 meses.
A partir de janeiro de 2007 esse tempo tende a aumentar muito (até mesmo para um ano ou mais!).
Com uma ulterior circular em benefìcio dos descendentes o tempo de espera poderia cair para entre 1 e 3 meses!

Agora sò resta esperar, e torcer.

---

s/t: The Fall, Bugo, Durutti Column

sábado, 7 de abril de 2007

Keep the car running

O 'autor' até que tentou ser esperto. Sò resta descobrir se vai acabar bem, essa història...

Ao invés de levar o carro no funileiro e gastar 'aquela grana', foi até o ferro-velho.
Depois de caminhar por entre as vàrias montanhas de ex-carros, isto é, carcaças empilhadas que formavam uma floresta de sucata muito da bizarra, encontrou um exemplar similar ao seu carro que preservava mais ou menos bem as peças necessàrias (farol, seta, pàra-choque dianteiro, pàra-lama esquerdo).
Na garagem de casa, com um amigo do trabalho, retirou o resto das peças que ainda teimavam em ficar penduradas, se meteu a martelar e desentortar o que era possìvel. Colocou as peças "novas", e pronto! "Lavou 'tà novo!" Hehe.

Agora, feriado de Pascoa, decidiram de repente viajar.
E é isso, tanque cheio, mapas, maquina fotogràfica, cesta com comes e bebes, cds e mais cds, e... go go go! Keep The Car Running! (Aliàs, que disco bom, esse do Arcade Fire, né?! 'Tà bom, eu jà tinha escrito isso num dos posts passados...)

Para onde?
Bem, isso parece ser o de menos.
Sabe aquele lance de "o mais importante nao é a chegada, a destinaçao; o mais importante é o caminho"? Entao...
Vai, 'tà bom, claro que hà uma direçao a seguir: Rumo ao nordeste.
A ùnica destinaçao certa mesmo é Trieste (ùltima cidade italiana antes da Eslovenia).
Depois é aquela historia de "ir aonde levar o destino, aonde o caminho levar; a alma agradece! (ou o espìrito, sei là)".

s/t: Arcade Fire, Lo Borges, Teko, Helmet, Swervedriver, Sea and Cake

domingo, 25 de março de 2007

Download - 360 Graus



Este post serve para apresentar a capa que o 'autor' bolou, e para indicar os links para os seguintes arquivos .pdf:
- Sinopse do livro.
Apresentaçao do livro.
Bio do autor do livro.

---

Se depois de fazer o download voce quiser comprar o livro, aqui:
http://360g.blogspot.com.br/2012/08/como-comprar-o-360-graus.html

A PRIMEIRA TIRAGEM QUE O AUTOR IMPRIMIU POR CONTA PRÓPRIA ESTÁ ESGOTADA!

---

s/t: The Sea and Cake, Lo Borges

sábado, 24 de março de 2007

Prêmio SESC de Literatura 2006

Seria bom demais para ser verdade.
O livro 360 Graus foi inscrito para o Prêmio SESC de Literatura 2006, mas nao venceu.
Na verdade meu autor jà esperava por isso. Nao porque ele ache que o 360 Graus seja ruim, mas porque o concurso em questao sempre teve por caracterìstica principal a valorizaçao da brasilidade do texto (preocupaçao que 360 Graus nunca teve, ao menos nao propositadamente/explicitamente).
O pròprio SESC divulgou o nùmero final de inscritos dividido por UF (estados), ou seja, tentando ilustrar um quadro nacional, brasileiro, e o 360 Graus foi escrito no exterior, sobre uma experiencia de emigraçao, e foi inscrito no concurso por Sao Paulo (pois o autor nasceu em SP), mas com material enviado da Italia.
Ou seja, fora do pàreo.

De qualquer forma, nao desmereço o vencedor. Parabéns a Wesley Peres, autor de Casa entre vértebras, o romance vencedor.

Esse foi o segundo concurso com o 360 Graus como inscrito.
O primeiro nem sei como definir, nem sei bem como descrever... Trata-se do PRIMEIRO CONCURSO INTERNACIONAL DE LITERATURA VITAVISION...
A inscriçao é paga. A data final para inscriçao jà foi adiada vàrias vezes, em vàrios meses...

Enfim, bola pra frente...


s/t: Swervedriver

Processo para o reconhecimento da cidadania italiana diretamente na Italia - parte 3/3

O que fazer ao chegar na Italia:
13. Ao desembarcar, ainda no aeroporto, lembre-se de que por enquanto voce ainda nao é cidadao italiano, por enquanto voce é um turista. Se algum funcionario, policial ou agente da imigraçao te perguntar qual o motivo de sua viagem à Italia voce deverà responder que é turismo, que voce vai ficar na Italia pelo perìodo da passagem e basta. Explico: Voce poderia muito bem dizer que vai fazer o processo pela cidadania e tudo mais, mas isso te causaria uma tremenda dor de cabeça porque o controle da imigraçao é rìgido e eles geralmente sao enrolados e dificultam a vida das pessoas. Compensa voce entrar como turista mesmo, e depois, jà longe do aeroporto, jà em territòrio italiano, mudar de postura e partir para o "ataque".
Como jà anteriormente observado, nao existe a obrigaçao de visto de entrada, entao nao hà nenhum problema em se adotar essa estratégia;
14. Hospede-se num albergue da juventude pelos primeiros dias, ou em alguma pensao ou hotel, enquanto nao consegue assinar um contrato de aluguel em seu nome;
15. Num dos primeiros sete dias de permanencia em territòrio italiano, aliàs, o quanto antes, retirar o kit giallo numa das agencias credenciadas dos correios italianos (Poste);
16. Preencher o modulo 1 (no campo motivo escrever RIACQUISTO CITTADINANZA ITALIANA), anexar ao modulo 1 o requerimento formal da cidadania (a ser escrito por voce, existem modelos espalhados pela internet e com certeza no comune) e fotocopia de todas as paginas do seu passaporte com dados e de todos os documentos para a cidadania. Melhor ainda se conseguir no comune uma carta qualquer (tipo "certificamos que o sr. tal de tal veio ao nosso comune para o reconhecimento da cidadania italiana"), se voce for uma pessoa de sorte (e conseguir), faça uma còpia e junte ao modulo 1. Entao entregar o envelope aberto contendo o modulo, requerimento, fotos e fotocopias numa das agencias credenciadas dos correios italianos (Poste);
17. Com o protocolo do PERMESSO DI SOGGIORNO PER RIACQUISTO CITTADINANZA ITALIANA em maos, providenciar o codice fiscale (é o CPF italiano), procurar as agencias imobiliarias com as quais voce entrou em contato ainda no Brasil (ou procurar outras, novas, ou ainda procurar algum conhecido disposto a te ajudar nessa busca), para assinar um contrato de aluguel;
18. Depois de alugado o imovel de residencia e do permesso di soggiorno ficar pronto, ir até o comune para se inscrever como residente no Anagrafe;
19. Depois do processo pela residencia ficar pronto (a polìcia municipal vai fazer uma visita de verificaçao na sua casa!), voce enfim vai entregar todos os documentos e o requerimento para o reconhecimento da cidadania italiana! Depois disso o proprio comune vai solicitar ao consulado italiano no Brasil um ùltimo documento e pronto, sua cidadania estarà pronta, voce poderà requerer sua carta de identidade, passaporte etc.

Processo para o reconhecimento da cidadania italiana diretamente na Italia - parte 2/3

O que fazer antes de sair do Brasil:
0. Antes de tudo, é necessario saber exatamente onde e quando nasceu o antepassado italiano, esse é o primeiro passo;
1. Assim que tiver certeza disso, solicitar a Certidao Negativa de Naturalizaçao desse antepassado ao Ministério da Justiça;
2. Aconselho a estudar a lingua italiana (voce vai precisar!!!);
3. Solicitar aos cartòrios (brasileiros e italianos) os documentos de registro civil de sua linha familiar;
4. Caso existam inconsistencias e/ou incorreçoes (ortografia dos sobrenomes, datas, locais etc), retificar as certidoes mediante processo judicial (vale a pena, antes de abrir o processo judicial de retificaçao, tentar realizar a correçao diretamente com o cartòrio); [caso todos os documentos nao contenham erros, passe do ìtem 3 diretamente ao 5]
5. Reconhecer firma da(s) pessoa(s) que assinou(aram) cada uma das certidoes (ja retificadas, se tiver havido retificaçao) em cartorio da cidade onde estiver o consulado italiano responsavel pela sua àrea de residencia;
6. Traduzir todos os documentos junto a um patronato ou um tradutor juramentado;
7. Voltar ao cartorio e reconhecer firma do tradutor em cada um dos documentos (certidoes e traduçoes);
8. Legalizar todos os documentos de registro civil brasileiros no consulado italiano responsavel pela sua regiao de residencia;
9. Dispor de pelo menos 4000 (quatro mil) euros, para se manter nos primeiros 3 meses na Italia e para fazer o processo (esse valor é sem contar com a passagem aérea e sem contar com os gastos com os ìtens anteriores...);
10. Entrar em contato com agencias imobiliàrias da cidade italiana onde voce vai querer ficar, para alugar um apartamento para voce. Melhor ainda se voce puder contar com a ajuda de alguém que jà more na cidade. Lembre-se: Todo o processo tem como base a residencia;
11. Comprar uma passagem aérea, de preferencia com perìodo de permanencia entre 1 e 3 meses;
12. Caso a pessoa tenha contribuido ao INSS (ou seja, tenha trabalhado com carteira assinada ou de qualquer forma contribuido), procurar a sede do INSS (em SP fica na av. 9 de Julho) para solicitar o formulario IB-2, ou CDAM, que faz as vezes de seguro saùde (e é de graça, assim voce economiza a grana que gastaria para fazer o seguro saùde, que é obrigatòrio), caso contràrio voce terà que contratar um seguro de saùde de prazo nao inferior ao da permanencia que consta na sua passagem aérea.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Processo para o reconhecimento da cidadania italiana diretamente na Italia - parte 1/3

Todos os descendentes de italiano(s) por parte paterna (e/ou, dependendo do caso, por parte materna), nao importando o local de nascimento, podem requerer o reconhecimento da cidadania italiana, por causa do Jus Sanguinis (direito de sangue), que é o princìpio utilizado pela lei italiana em matéria de cidadania.
Trocando em miùdos, se voce tem algum avo italiano voce pode ter também um passaporte italiano, isto é, de um paìs membro da Uniao Européia, com livre acesso a toda a Europa, EUA etc.

Se voce é descendente de italiano(s) nascido no Brasil e residente legal na Italia, é tudo muito fàcil, basta procurar seu comune de residencia com os documentos de registro civil necessarios. O processo todo levarà cerca de 3 a 6 meses.

Se voce é descendente de italiano(s) nascido no Brasil e residente fora da Italia (nesse caso no Brasil), a coisa muda. O processo deverà ser feito no consulado (ou embaixada) da Italia de sua regiao de residencia.
E aì é que começam os problemas.
Atualmente a fila de espera para a cidadania italiana no consulado de Sao Paulo (que atende os estados de SP, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondonia e Acre) pode chegar a, prepare-se, mais de 10 (dez) anos.

Por isso é que nos ultimos anos muitos brasileiros descendentes de italiano(s) começaram a se deslocar para a Italia para fazer o processo diretamente aqui.
Mas nao é tao fàcil como pode parecer.
Primeiro porque o controle da imigraçao nos paìses da Uniao Europeia é muito rìgido, segundo porque custa...

Para quem quer vir para a Italia com o objetivo principal de fazer o processo pela cidadania diretamente aqui, a seguir vou ilustrar um "caminho das pedras". Pelamordeus, tudo o que estou escrevendo aqui nao deve ser tomado como verdade absoluta, meu intuito aqui é ajudar, nao é fazer lavagem cerebral, muito menos reinvidicar o posto de autoridade no assunto... Ok?!

Importante: No caso de descendentes de italiano(s) nascidos no Brasil que vao à Italia para o reconhecimento da cidadania, nao é necessàrio solicitar no consulado o visto de entrada. Saiba, porém, que, para realizar o processo diretamente na Italia e conseguir a cidadania sem ter que esperar os anos e mais anos de fila do consulado, voce terà que realmente morar na Italia por um tempo. Voce deverà se tornar um residente legal e estàvel no territòrio italiano, pelo menos até conseguir a cidadania (depois que voce conseguir a cidadania voce poderà ir morar onde quiser).

terça-feira, 20 de março de 2007

Consultoria sobre cidadania italiana!

Atualizaçao 16/10/2016:
https://www.facebook.com/notes/cesar-zanin/na-italia-pesquisa-e-assessoria-para-descendentes-interessados-no-reconhecimento/10154250119131998
-----
Atualizaçao 16/09/2007:
Devido ao grande volume de solicitaçoes, escrevi uma série de textos sobre genealogia e cidadania italiana para descendentes nascidos no Brasil.
Antes de efetuar uma solicitaçao pessoal para mim, por favor leia os textos (voce poderà encontrar a resposta là. Isso sem contar que, lendo, voce poderà também aprender algo a mais). Se mesmo apòs a leitura a(s) dùvida(s) persistir(em), aì entao escreva um comentàrio no post de interesse.
Eu gostaria muito de poder me dedicar mais, mas infelizmente meu tempo é muito escasso.
A seguir os links diretos:
- Cidadania italiana (para descendentes nascidos no Brasil);
- Genealogia (busca de documentos);
- Processo pela cidadania direto na Italia.

----------------------------------------------------------


Bem, ainda acho que vou escrever aqui sobre minha experiencia nessa àrea, sò tenho que tomar cuidado para nao plagiar o 360 Graus (o livro)...
Como aperitivo posso adiantar que fiz toda a pesquisa e toda a parte burocràtica para a minha cidadania italiana, seja no Brasil seja diretamente na Italia (aliàs, eu vivo na Italia, desde 2004). E jà cheguei mesmo a trabalhar remuneradamente com pesquisas genealògicas e assessoria. Sò parei de trabalhar com isso porque nao tenho tido tempo mesmo.

Meu intuito aqui é, além de ajudar quem precisa (e nao pode contar com os serviços - (salgadamente) pagos - de advogados e assessores vàrios), divulgar o blog, que foi criado para divulgar o livro 360 Graus.


s/t: Perturbazione, Cesare Basile, Artemoltobuffa, Verdena
.

Incidente!

O bronco do meu autor bateu o carro hoje.
Tonto, agora vai ter que morrer com uma grana pra arrumar o carro, trocar farol, para-choques, capo...
Tudo por causa da mania estùpida dele de acelerar em demasia antes de subir rampas.

Ele atualmente està trabalhando num hipermercado. Aqui na regiao hà 3 hipermercados da mesma rede. No que ele trabalha tem uma rampa que começa reta e quase là em cima aparece uma curva. Por ele ter que subir a tal rampa todo dia, ele acabou se acostumando...

Hoje ele foi com sua garota e seu filho num dos outros dois hipermercados da mesma rede, para fazer compras.
Como estava chovendo pra burro, ele preferiu deixar o carro no estacionamento subterraneo. Feitas as compras, la-la-la, hora de ir embora. Ja estava de noite, faltava uma hora para o inìcio do seu turno de trabalho (no outro).

Deu a partida e foi saindo. Ao visualizar a rampa de saìda do estacionamento subterraneo, nao deu outra, acelerou. Mais do que deveria.
A rampa desse hipermercado era diferente daquela que ele subia e descia todo dia.
Como a visibilidade estava reduzida, e como o chao estava liso por causa da chuva, e, principalmente, como o abobado acelerou demais, ele nao teve tempo de perceber que aquela rampa nao era feita em linha reta. Logo no inìcio dela tinha uma curva nervosa.
Quando ele percebeu, jà estava em cima, o carro ja entrou na rampa arregaçando o para-choque dianteiro (aliàs, os amortecedores..., tadinhos), ele pisou no freio, virou o volante e tudo, mas o muro foi mais ele. Hehe.

A viagem que ele estava planejando?
Haha, o funileiro é que vai poder fazer, com o que vai ganhar para arrumar o estrago.

Primeira batida, que beleza.
E sozinho, na garagem do mercado.
Pfff.


s/t: The Fall, The Apples In Stereo
.

domingo, 18 de março de 2007

Discos 2007

2007 mal começou e jà temos uma enxurrada de òtimos discos!

Oba!

:)



Alguns discos que, se eu fosse voce, nao deixaria escapar:




- Wincing The Night Away (The Shins)

WTNA é o quarto disco dos Shins, isto é, se considerarmos o primeiro EP - Nature Bears a Vacuum.
James Mercer e amigos, antes, se faziam chamar pelo nome Flake (e depois Flake Music). Apòs um debut-album pouco divulgado e com track-list misterioso, mudaram de nome, para The Shins, e lançaram pelo menos 4 obras excelentes:
- O jà mencionado Nature Bears a Vacuum, de 1999, perfeito, composto por quatro cançoes perfeitas;
- Oh, Inverted World, de 2001, primeiro full-album com o nome Shins, perfeito, vàrias cançoes perfeitas, manteve o ritmo do primeiro EP;
- Chutes Too Narrow, de 2003, album excelente, com algumas cançoes excelentes;
- E esse Wincing The Night Away, de 2007, que é um album acima da média, mas aquém do que eu esperava daqueles Shins que fizeram os primeiros discos.
Mas ei, espera, o disco é muito legal, sim, oras.
Australia é a cançao mais Morrissey que jà ouvi na vida. Acho que até as cançoes do pròprio Morrissey deveriam marcar horàrio com a secretària de Australia, para discutir a respeito (caso quisessem)...
Sleeping Lessons, que é a que abre o disco, começa calminha para depois entrar a bateria e entao conquistar os ouvidos, belissima.
O tìtulo do album e o da referida "liçoes pra dormir" sao uma alusao à insonia de Mercer.
A cançao que mais se aproxima do "velho" Shins, Turn On Me, é sensacional.
Hà também uma cançao-vinheta, Pam Berry, clara homenagem à heroìna do indiepop.

No inìcio da carreira os Shins fizeram uma turne com os autores do album seguinte da minha lista:





- We Were Dead Before the Ship Even Sank (Modest Mouse)

Sempre que presto atençao nos tìtulos das cançoes e dos discos do Modest Mouse, eu me pego viajando. Isaac Brock escreve muito bem - vàrias sacadas, e canta como um ensandecido. Uma das poucas bandas que conseguem soar suave e/ou sofisticada, mesmo com o vocalista gritando ou grunhindo, hehe.
Olha sò a discografia base do MM:
- This Is a Long Drive for Someone with Nothing to Think About (1996);
- The Lonesome Crowded West (1997);
- The Moon & Antarctica (2000);
- Good News for People Who Love Bad News (2004);
- We Were Dead Before the Ship Even Sank (2007).
Na boa, eu sempre achei o MM uma banda meio estranha. Estranha, mas interessante.
Claro, nao é tudo deles que me agrada, mas fui, desde os tempos do Moon & Antarctica (que foi o primeiro disco deles que escutei na época do lançamento), cada vez mais sendo cativado.
A gota d'agua para minha cooptaçao total foi perceber que eles tinham um par de òtimas novidades para esse novo disco. A primeira é a volta do baterista original, Jeremiah Green. E um novo - e ilustre - integrante: Johny Marr. Sim, aquele guitarrista com cabelo estilo canarinho que formou uma banda chamada The Smiths, que depois tocou com o Brian Ferry, com os Pretenders, com os Talking Heads, com o The The, com o Billy Bragg, com o Marion, com o Beck e com o Oasis, que formou com o Bernard Sumner (do New Order) o projeto Electronic, e que lançou um belo disco com seus Healers.
O mais intrigante é que, ao escutar o disco, eu nao encontrei uma cançao sequer que nao tenha a cara Modest Mouse, ou seja, Marr mergulhou no lance mesmo!
Pontos altos do disco:
- March into the Sea;
- We've Got Everything;
- Steam Engenius;
- Education;
- Fly Trapped in a Jar;
- Florida;
- Invisible.
E sabe quem participa fazendo backing vocals em duas ou tres faixas?
Hehe, James Mercer. Sim, aquele do Shins.
:)





- Beyond (Dinosaur Jr)

Dez anos depois, J Mascis decide voltar a gravar um disco do Dinosaur Jr, e dessa vez acompanhado pelos comparsas Low Barlow e Murphy, isto é, a formaçao clàssica!
Em 2005 tive a oportunidade de assistir a um show deles no festival Benicassim, na Espanha. Foi avassalador, fulminante, inesquecìvel.
Com esse album eles demonstram que ainda estao em forma, apesar da idade.






- Sound Of Silver (LCD Soundsystem)

New York, I Love You, eu odeio voce.
Sério, eita mùsica chata. Pode ter até sido de propòsito, mas de qualquer forma James Murphy pegou pesado.
Ainda bem que a referida musica é a ùnica chata, do disco todo.
:)
Todas as outras faixas sao sensacionais. Escute e comprove!







- Drums and Guns (Low)

Maior decepçao dentre todos os discos listados aqui neste post...
Confesso, nunca fui um grande fan do Low, mas sempre consegui encontrar algumas cançoes bem legais nos albuns anteriores.
Acontece que aqui a coisa fica feia. Das 13 faixas, gostei de umas 3.
Enfim, vou dar uma terceira chance ao album uma hora dessas...




- Sky Blue Sky (Wilco)

Outra decepçao.
Calma, esta nao é uma decepçao tao decepcionante quanto à decepçao do Low, Sky Blue Sky é um bom disco, mas para quem foi acostumado com pérolas como A Ghost Is Born e Yankee Hotel Foxtrot (que foram os ùltimos dois discos do Wilco)...
Ainda assim é possìvel encontrar belas cançoes em SBS, e Jeff Tweedy continua cantando divinamente.





- The Weirdness (The Stooges)

Esse eu nem escutei ainda.
Aliàs, escutei uma ou duas...







- Pianissimo Fortissimo (Perturbazione)

Desse disco eu escutei sò uma cançao, Un Anno In Più, mas sò nao escutei as outras pois ainda nao encontrei em lugar algum.
Se ansiedade matasse eu jà estaria morto.
Ah, Un Anno In Più é linda!







- Pocket Symphony (Air)

Incrìvel como esse duo frances consegue fazer discos novos mantendo o mesmo feeling, a mesma vibe...
Pocket Symphony é aquilo que voce jà conhece de Air, nada mais e nada menos, e é um belo disco.
:)






- Everybody (The Sea and Cake)

Outro belo disco desses "monstros sagrados" (hahaha). Brincadeiras faustosilvìsticas a parte, uma banda formada por Sam Prekop, Archer Prewitt, John McEntire e Eric Claridge nao poderia ser ruim. Seria um sofismo.
Mais uma vez devo admitir que o fato de o disco anterior ter sido excepcional/maravilhoso acabou me cegando um pouco. Everybody é belissimo, mas ainda nao consigo comparà-lo ao anterior, One Bedroom, que pra mim é perfeito.
Mas sò de escutar a voz de Prekop, a mais bela voz dos nossos dias, jà sinto que é uma questao de tempo, para que Everybody me conquiste de vez.
:)




- Neon Bible (Arcade Fire)

Banda em contìnua ascençao, disco bom, muito bom.
Bem, eu tenho quase medo dessa historia de banda cult, com ares messianicos (po, o disco foi gravado dentro de uma igreja... o anterior tinha o singelo nome de Funeral, isso sem falar em bìblia de neon...), mas por enquanto estou me deliciando.




- Myth Takes (!!!)

Ainda acho que nao sei como se pronuncia o nome dessa banda.
Foi uma descoberta e tanto, quando, perambulando entre os palcos e tendas do Benicassim, me deparei com esses malucos ensandecidos. O show a que assisti foi memoràvel.
Engraçado, eu nem tinha gostado muito do que a banda tinha gravado até entao, mas depois daquele show acabei arrumando o màximo deles.
E este Myth Takes (olha sò, se pronunciamos ràpido, vira mistakes (erros), hehe) me pegou em cheio. Mùsica pra dançar.




- New Magnetic Wonder (The Apples In Stereo)

Robert Schneider e companhia levaram 5 anos para gravar o sucessor do òtimo Velocity of Sound.
NMW é um disco de rock. Claro, rock nos termos Elephant 6. Ou seja, pop até a medula e psicodelia aqui e acolà. Tem todo aquele clima do comecinho dos 70's.
Sao 14 cançoes e 12 vinhetas.
Schneider parece ter inventado um novo tipo de escala musical e, quer seja brincadeira ou coisa séria, o album carrega nesse lance conceitual, e mesmo assim nao deixa de ser leve.
New Magnetic Wonder é o melhor album dos Apples In Stereo em muito tempo!






- Reformation Post TLC (The Fall)

The Fall é aquilo que o saudoso John Peel disse: sempre a mesma coisa, e sempre diferente.
O album anterior (Fall Heads Roll) é melhor que este RPTLC, mas isso nao quer dizer muita coisa, no fim.


Aliàs, na parte lateral direita superior desta pàgina, nos links, voce pode encontrar alguns dos discos aqui listados...
;)






Minha apresentaçao

Oi!

Meu nome é Bruno Barin, sou o protagonista do livro 360 Graus.

Apesar deste post ter o titulo 'Minha apresentaçao', eu nao vou me apresentar totalmente agora. Afinal nem saberia como o fazer.

Claro, vou tentar começar, ao menos.

Tudo, exatamente tudo o que eu for escrever neste blog, serà escrito sem o acento agudo (exceto o 'é'), sem o til e sem o acento circunflexo. Nao por rebeldia, é que o teclado aqui é diferente. Poderei também tentar usar como estepe o acento disponìvel aqui (aquele ao contràrio), ou seja, prepare-se para uma acentuaçao "peculiar".

Nasci em Sao Paulo, em 1975, gosto de musica, literatura, viagens, cinema, historia, entre muitas outras coisas. Cresci entre Sao Paulo, litoral e interior do estado. Desde 2004 eu moro na Italia, vim para cà pela primeira vez em 2002, para estudar. Sou casado e tenho um filho.
Minha historia é a historia de alguém que sentiu curiosidade em saber quem eram seus antepassados.
Sou descendente de italianos.
Desde 2000 venho pesquisando genealogia e historia da emigraçao/imigraçao italiana.

Criei este blog para divulgar o livro onde meu autor me botou, e para escrever principalmente sobre os seguintes temas:
- Musica;
- Genealogia;
- Literatura;
- Historia;
- Viagens;
- Cidadania italiana;
- Atualidades.

O livro ainda nao foi lançado, teremos muito tempo pela frente.

No fim dos posts vou tentar colocar sempre um 's/t', que quer dizer soundtrack (trilha sonora), que é o que estarei escutando, pois eu gosto muito de escrever escutando musica.

Enfim, prazer!
:)


s/t: The Fall (disco Reformation Post TLC)