Após a turnê de novembro e dezembro do ano passado, que contou com 19 datas em várias grandes cidades dos EUA, agora em janeiro é a vez da Europa ver o show que promove o primeiro disco, homônimo, do Little Joy, grupo paralelo de Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti (cantor e guitarrista dos Hermanos e baterista dos Strokes, respectivamente).
Foi a vocalista/tecladista/percussionista Binki Shapiro que botou uma pilha, ainda em 2007, para que Amarante e Moretti desenvolvessem a idéia de formar um projeto musical, idéia essa que tinham tido num encontro casual durante um festival, em Lisboa, em 2006, onde tocaram com suas bandas principais.
Entre 10 e 21 deste mês, o Little Joy toca uma vez em cada um dos seguintes países: Bélgica, Holanda, Alemanha, França e Escócia; além de cinco datas na Inglaterra, culminando com um show – com ingressos já esgotados – em Londres.
Ontem, Brighton, seu público multicultural e seu vento forte e constante (que faz o frio mais frio!) receberam muito bem Amarante e companhia.
Sim, porque é Amarante e companhia, e não Moretti e companhia - como a imprensa do resto do planeta costuma etiquetar o Little Joy; pois no palco, quem comanda, quem faz os solos e dedilhados, quem faz o vocal principal e ocupa o centro do palco, esse é o Hermano, não o Stroke...
Este que vos escreve chegou tarde ao Audio – casa de frente pro mar dividida em bar e pista no térreo e palco e pista/bar no subsolo –, perdendo assim o show de abertura, dos americanos Dead Trees. Logo na entrada, topando com Amarante, uma entrevista para depois do show foi pré-arranjada (ele estava usando o mesmo casaco e carregando a mesma guitarra com que dias antes se apresentou no programa de TV norte-americano Carson Daly).
O repertório do show, sempre igual – seja em Brighton seja em Paris e demais shows da turnê até agora (com a diferença que em Paris houve bis, em Brighton não), é composto obviamente pelas canções do disco que eles acabaram de lançar (só deixaram de fora Play the Part), além de uma canção nova e de um cover para Walkin’ back to Happiness, da cantora inglesa Hellen Shapiro (muito famosa nos anos 60).
A questão que me veio imediata foi entender até que ponto essa escolha foi baseada na música em si, pois além da óbvia chamada para o sobrenome Shapiro, poderia haver alguma analogia entre o significado do titulo (“voltando para a felicidade”) e o fato deles terem deixado pra trás suas bandas, famosas, para encarar uma turnê como a que eles estão fazendo agora, onde eles próprios devem montar e desmontar todo o equipamento de palco, tocando em pubs e dormindo num ônibus velho etc.
Bem, o fato é que Amarante parecia tenso, apesar do velho e conhecido sorriso, sempre presente. Entrou no palco sozinho, com seus típicos dedilhados Hermanicos, para começar o show com Evaporar. Ao fim da canção agradeceu em português, inglês, alemão, francês, japonês e italiano; e então a banda toda entrou. Além do trio central – Amarante tocando guitarra e cantando, Binki tocando teclado e percussão e Fabrizio tocando guitarra e violão tenor –, havia um baixista e um baterista, ambos ótimos.
No meio do show, o atento (e impaciente) Amarante chamou a atenção de todos (ao microfone) sobre a iluminação, que realmente estava monotemática (ele disse “desse jeito vocês em Brighton se lembrarão de Little Joy como a banda azul!”), obtendo bons resultados (afinal, depois disso, variaram a iluminação).
Quando Binki fazia o vocal principal, a atmosfera ficava mais efervescente, menos presa aos ecos das supracitadas famosas bandas; e apesar de seu vocal não parecer com o da Nico, a coisa tomava um gancho bem Velvet Underground, ou seja, coisa fina!
Os integrantes do Dead Trees se juntaram ao Little Joy para as duas últimas canções, quando o clima de festa se consolidou.
Depois do show houve o papo rápido com Fabrizio e Amarante, onde a simpatia e o carisma do baterista dos Strokes sobressaíram (e muito) à indiferença do Hermano.
Enquanto esperava a banda desmontar o equipamento de palco, foi curioso ver cases com a marca estilizada “Strokes” estampada, e mais curioso ainda foi ver a grande etiqueta na parte traseira do amplificador: “Albert Hammond Jr”.
Confirmado: Los Hermanos se reunirão. Assim como The Strokes voltarão com tudo.
Assim que essa turnê acabar cada um volta para sua banda principal.
Amarante chegou a “comentar” sobre a vida na estrada com o Little Joy, novamente tendo que ser músico e roadie, tendo que dormir no ônibus e tal.
A impressão que ficou foi a de um bom show, onde o público recebeu o grupo com empolgação e foi recompensado com boa música.
Setlist – Little Joy ( http://www.myspace.com/littlejoymusic ) - Audio (Brighton, Inglaterra), 15/01/2009:
Evaporar
The Next Time Around
How to Hang a Warhol
No One's Better Sake
Unattainable
Shoulder to Shoulder
With Strangers
Keep Me in Mind
Walkin' Back to Happiness
new song
Don't Watch Me Dancing
Brand New Start
(escrito em 16/01/2009 por Cesar Zanin – waldenzanin@gmail.com - http://www.fotolog.com/waldenzanin)
Foi a vocalista/tecladista/percussionista Binki Shapiro que botou uma pilha, ainda em 2007, para que Amarante e Moretti desenvolvessem a idéia de formar um projeto musical, idéia essa que tinham tido num encontro casual durante um festival, em Lisboa, em 2006, onde tocaram com suas bandas principais.
Entre 10 e 21 deste mês, o Little Joy toca uma vez em cada um dos seguintes países: Bélgica, Holanda, Alemanha, França e Escócia; além de cinco datas na Inglaterra, culminando com um show – com ingressos já esgotados – em Londres.
Ontem, Brighton, seu público multicultural e seu vento forte e constante (que faz o frio mais frio!) receberam muito bem Amarante e companhia.
Sim, porque é Amarante e companhia, e não Moretti e companhia - como a imprensa do resto do planeta costuma etiquetar o Little Joy; pois no palco, quem comanda, quem faz os solos e dedilhados, quem faz o vocal principal e ocupa o centro do palco, esse é o Hermano, não o Stroke...
Este que vos escreve chegou tarde ao Audio – casa de frente pro mar dividida em bar e pista no térreo e palco e pista/bar no subsolo –, perdendo assim o show de abertura, dos americanos Dead Trees. Logo na entrada, topando com Amarante, uma entrevista para depois do show foi pré-arranjada (ele estava usando o mesmo casaco e carregando a mesma guitarra com que dias antes se apresentou no programa de TV norte-americano Carson Daly).
O repertório do show, sempre igual – seja em Brighton seja em Paris e demais shows da turnê até agora (com a diferença que em Paris houve bis, em Brighton não), é composto obviamente pelas canções do disco que eles acabaram de lançar (só deixaram de fora Play the Part), além de uma canção nova e de um cover para Walkin’ back to Happiness, da cantora inglesa Hellen Shapiro (muito famosa nos anos 60).
A questão que me veio imediata foi entender até que ponto essa escolha foi baseada na música em si, pois além da óbvia chamada para o sobrenome Shapiro, poderia haver alguma analogia entre o significado do titulo (“voltando para a felicidade”) e o fato deles terem deixado pra trás suas bandas, famosas, para encarar uma turnê como a que eles estão fazendo agora, onde eles próprios devem montar e desmontar todo o equipamento de palco, tocando em pubs e dormindo num ônibus velho etc.
Bem, o fato é que Amarante parecia tenso, apesar do velho e conhecido sorriso, sempre presente. Entrou no palco sozinho, com seus típicos dedilhados Hermanicos, para começar o show com Evaporar. Ao fim da canção agradeceu em português, inglês, alemão, francês, japonês e italiano; e então a banda toda entrou. Além do trio central – Amarante tocando guitarra e cantando, Binki tocando teclado e percussão e Fabrizio tocando guitarra e violão tenor –, havia um baixista e um baterista, ambos ótimos.
No meio do show, o atento (e impaciente) Amarante chamou a atenção de todos (ao microfone) sobre a iluminação, que realmente estava monotemática (ele disse “desse jeito vocês em Brighton se lembrarão de Little Joy como a banda azul!”), obtendo bons resultados (afinal, depois disso, variaram a iluminação).
Quando Binki fazia o vocal principal, a atmosfera ficava mais efervescente, menos presa aos ecos das supracitadas famosas bandas; e apesar de seu vocal não parecer com o da Nico, a coisa tomava um gancho bem Velvet Underground, ou seja, coisa fina!
Os integrantes do Dead Trees se juntaram ao Little Joy para as duas últimas canções, quando o clima de festa se consolidou.
Depois do show houve o papo rápido com Fabrizio e Amarante, onde a simpatia e o carisma do baterista dos Strokes sobressaíram (e muito) à indiferença do Hermano.
Enquanto esperava a banda desmontar o equipamento de palco, foi curioso ver cases com a marca estilizada “Strokes” estampada, e mais curioso ainda foi ver a grande etiqueta na parte traseira do amplificador: “Albert Hammond Jr”.
Confirmado: Los Hermanos se reunirão. Assim como The Strokes voltarão com tudo.
Assim que essa turnê acabar cada um volta para sua banda principal.
Amarante chegou a “comentar” sobre a vida na estrada com o Little Joy, novamente tendo que ser músico e roadie, tendo que dormir no ônibus e tal.
A impressão que ficou foi a de um bom show, onde o público recebeu o grupo com empolgação e foi recompensado com boa música.
Setlist – Little Joy ( http://www.myspace.com/littlejoymusic ) - Audio (Brighton, Inglaterra), 15/01/2009:
Evaporar
The Next Time Around
How to Hang a Warhol
No One's Better Sake
Unattainable
Shoulder to Shoulder
With Strangers
Keep Me in Mind
Walkin' Back to Happiness
new song
Don't Watch Me Dancing
Brand New Start
(escrito em 16/01/2009 por Cesar Zanin – waldenzanin@gmail.com - http://www.fotolog.com/waldenzanin)